segunda-feira, 24 de maio de 2010

ESPINHEIRA SANTA


Espinheira-santa
Por: Rose Aielo Blanco
Na medicina popular, a espinheira-santa é famosa no combate
à úlcera e outros problemas estomacais.
Conhecida pelos índios há muitos anos, a espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) ganhou esse nome justamente pela aparência de suas folhas, que apresentam espinhos nas margens e por ser um "santo remédio" para tratar vários problemas. Na medicina popular, a espinheira-santa é famosa no combate à úlcera e outros problemas estomacais. Ao que parece, a fama é merecida: na Universidade Estadual de Campinas (SP), farmacologistas analisaram a planta em ratos com úlcera e, segundo os pesquisadores, "nos que tomaram o seu extrato, o tamanho da lesão diminuiu muito rapidamente e, em comparação com os remédios convencionais, espinheira-santa provoca menos efeitos nocivos". A pesquisa prossegue, para determinar qual é o componente exato do vegetal responsável pelo efeito medicinal.
A espinheira-santa, além de indicada contra vários males do aparelho digestivo, era muito usada no passado pelos índios brasileiros com outra finalidade: eles usavam suas folhas no combate a tumores (esse uso pode ter gerado um dos seus nomes populares - erva-cancerosa)
A planta, pertencente à Família das Celastráceas, é originária do Brasil e pode ser encontrada na região que vai de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, sendo mais abundante nas matas do sul do Paraná. Também conhecida popularmente como espinho-de-deus, salva-vidas, sombra-de-touro, erva-cancerosa e espinheira-divina, a espinheira-santa é uma planta perene, de porte arbóreo-arbustivo, que atinge cerca de 2 a 3 metros de altura. Suas folhas são inteiriças e apresentam espinhos nas bordas, enquanto que as flores, axilares, apresentam coloração amarelo-esverdeada. A planta produz frutos pequenos e vermelhos.
A propagação da planta se dá por meio de sementes e o cultivo dá bons resultados em regiões de clima ameno.
Usos: As folhas, frescas ou secas, são utilizadas no preparo de infusões para uso interno e externo. O efeito cicatrizante também pode ser observado no tratamento de problemas da pele.
O chá de espinheira-santa é contra-indicado para gestantes e lactantes, pois reduz a produção de leite.
O uso medicinal mais comum da Espinheira Santa é para o tratamento de gastrites e úlceras gástricas e duodenais. A indicação popular do chá feito das folhas da Espinheira Santa foi comprovada cientificamente por vários pesquisadores (Carlini & Bráz, 1988; Faleiros et al., 1992; Ferreira et al., 1996; e Carvalho et al., 1997).
Cultivo
Altitude ideal: até aproximadamente 1200m.
Clima: Subtropical e temperado.
Solo: Prefere solos argilosos, porém bem drenados e com alto teor de matéria orgânica
Propagação: Por meio de sementes ou estacas de galho
Segundo o site www.biopirataria.org, muito antes do primeiro relato científico realizado em 1922, pelo professor Aluízio França, da Faculdade de Medicina do Paraná; a planta já era muito usada tradicionalmente pelas comunidades locais, como antiasmática, anticonceptiva e, sobretudo, em tumores estomacais, tratamento de úlceras, indigestão e gastrite crônica. Pesquisas têm demonstrado que o chá com extrato de Espinheira-Santa pode apresentar resultados tão eficientes quanto os dois principais líderes do mercado de drogas antiúlcera, Ranitidine (Zantac®) e Cimetidine (Tagamet®).
Onde encontrar: Chá de Espinheira Santa está à venda na www.lojadojardim.com

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Num tem jeito de judá cumpade Dima.



Tio Neco Elói acostumava contar essa...
Um dia levante de madrugada, arriei o cavalo inchi um imborná de dinhero e fui prá rua, prá de lá pegá a charreti inté o introncamento da Chica de Melo e ir prá Jeraguá acertá cum Banco do Brasil.
Quando cheguei na "Ponte Nova", vi que cumpade Dima e cumade Maria invinha lá atráis.
Pensei vô jugá dois conto incima da ponte prele pegá e nem vai sabê qui eu é que tô ajudano. Juguei o dinhero e iscundi numa moita. Quando ia chegado na ponte, o danado chamou a cumade prá brincá de cobra cega e marrou um lenço nos zói dele e dela.
Q8ando passaro a ponte seguiram viage rino dimais. Peguei os conto, muntei no cavalo e pensei, num tem jeito de judá cumpade Dima.

sábado, 15 de maio de 2010

Ele apanhou três vezes...


Uma história muito antiga contada de boca em boca diz que Jesus, São Pedro e São João pediram pouso na casa de um sehor muito rigoroso.
Esse senhor arrumou a cama para os três dormirem em uma pequena sala.
São Pedro deitou do lado direito, Jesus no meio e São João no canto.
Eles começara a rezar e o dono da casa os advertiu. Continuaram e o nervoso homem pegou um chicote e deu uma surra em São Pedro. E assim que o homem saiu, São Pedro pediu para deitar no lugar de Jesus e começaram a rezar, o homem voltou com o chicote e para não ser injusto, resolveu bater na pessoa que deva ao meio. São Pedro pediu par deitar no lugar de São João, pois não queria apanhar mais. E logo rezaram de novo e o homem voltou e desta vez disse que a surra seria para o homem deitado no canto, porque os outros já tinham apanhado. E falou que se fizem mais barulho iria jogá-los para fora de casa...E assim ele apanhou três vezes...

Algumas vezes sofremos acusações injustas e acabamos sofrendo muitas vezes...

Eu sô o maió mintiroso da redondeza...





Tio Neco Elói estava viajando de Goiânia para São Francisco no expresso Marly e disse ter acontecido uma conversa muito interessante com um senhor que vinha na poltrona ao seu lado.

Eu invinha de Goiana no Marly e sentô do meu lado um home grandão, de cara fehcada e ar de muito sero.
Intão cumecei a puxá cunversa e ele parecia num querê proza.
Ai, eu falei prêle. Eu sô o maió caçado de São Chico. Lá na minha casa na cachoeirinha é uma beleza, tem coro de tudo quanto é bicho infeitando as parede. Tem chire de bicho nos portá, cabeça de bicho dispendurada, casco de bicho im cima dos jirau e tudo foi morto por mim.
O home ficô uma fera e falou:
- O sinhô tá prezo...
- Eu sou o fiscal do IBAMA...
E eu muito apurado, sem sabê o qui fazê, priguntei:
O sinhô sabe cum quem tá falano?
Ele falou:
- Não!
Intão eu falei de peito rasgao:
- Cô o maió mintiroso da redondeza...
Num foi Ditinha?
_ Foi Neco e o home quais morreu de ri...

Eu juguei fumo no zói da onça.


Tio Neco Elói contou que um insistente mascate chegou em sua casa lá na Cachoeirinha e para livrar do danado contou essa...
Óia, sô mascate, quando eu inda morava lá nas grota, numa bela tarde, resorvi dá uma pescada no rio Pari.
Eu qui num sô bobo, levei um facão, paia e um punhado de fumo picado prá fazê um cigarro prá ispantar os burrachudo.
Intirti pegano tanto pexe e quando vi, um mundo de onça pintada sartô em cima de mim, pensei em pegá a ispingarda, mas não tinha levado, o facão tinha ficado junto cum a cabaça d'agua.
Intão lebrei do fumo na capanga e eu juguei um punhado de fumo no zói da onça pintada e a marvada sai correno e isfregano os zói. Fiquei inté cum dó, a bicha urrava de dor e eu pquei os peixe e fui imbora.
- Num foi Ditinha?
- Foi verdade Neco...