sábado, 15 de maio de 2010

Eu juguei fumo no zói da onça.


Tio Neco Elói contou que um insistente mascate chegou em sua casa lá na Cachoeirinha e para livrar do danado contou essa...
Óia, sô mascate, quando eu inda morava lá nas grota, numa bela tarde, resorvi dá uma pescada no rio Pari.
Eu qui num sô bobo, levei um facão, paia e um punhado de fumo picado prá fazê um cigarro prá ispantar os burrachudo.
Intirti pegano tanto pexe e quando vi, um mundo de onça pintada sartô em cima de mim, pensei em pegá a ispingarda, mas não tinha levado, o facão tinha ficado junto cum a cabaça d'agua.
Intão lebrei do fumo na capanga e eu juguei um punhado de fumo no zói da onça pintada e a marvada sai correno e isfregano os zói. Fiquei inté cum dó, a bicha urrava de dor e eu pquei os peixe e fui imbora.
- Num foi Ditinha?
- Foi verdade Neco...

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